De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesarou seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angustia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem se ama
Eu possa me dizer do amor que ( que tive ) :
Que não seja, imortal posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.
Vinicius de Moraes
Adoro esse soneto! Bom relê-lo! Beijo e bom fim de semana.Respondi teu recado no meu blog.
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