segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Na tua ausência

É tarde da noite, meu amor
O silêncio tomou conta da noite,
E a madrugada não tarda.
Não há lua no céu,
mas as estrelas multicores
Ornamentam o firmamento.
A cidade dorme, depois de um dia movimentado.
E eu estou só.
Trago no rosto o cansaço e a insônia
Nos meus olhos há brumas
que se distanciam em um passado ,
Não muito remoto.
Depois de tua partida,
fechou-se no livro da minha existência
Um capítulo que se chamou felicidade.
Hoje vivo só,
Trago estampada em minha face,
A fisionomia de quem perdeu a razão de seu viver...
Sim, você meu amor,
Você que era a razão e vida
Toda a existência estava contida em você...
Partiste. Talvez para nunca mais .
Talvez sejam estes os últimos versos
Que a ti escreverei!

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Constatações

Única

Sei que sou única.
Que não amo ninguém,
Que nas noites frias,
nas noites vazias,
só me acompanha a solidão.
Em minha frente, enfim,
uma longa estrada a percorrer.
Longa, vazia...
e quanto mais me aproximo,
mais foge de mim...


Em fim...

Chegará o dia em que Eu serei Eu
Tu, serás Tu e, então,
Deixaremos de ser Nós
Porque Tu, serás eternamente Tu,
Nunca serás como te quero...
E Eu nunca serei como me queres...
Porém, tarde, bem tarde,
Tu e Eu compreenderemos
Que nunca seremos Nós...


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Lembre-se



Embora sozinha, continue a caminhada!
Se todos a abandonarem, prossiga sua jornada
Se as trevas crescerem ao seu redor,
mais uma vez a razão para que você
mantenha acesa a pequenina chama de sua fé;
Não deixe que sua luz se apague,
para que você mesma não fique em trevas.
Ilumine com sua luz, as trevas que a circunda.

C. Torres Pastorino.

sábado, 5 de novembro de 2011

Nem tudo o que seu mestre mandar!

Xang era um sábio chinês. Seus alunos aceitavam seus ensinamentos sem pestanejar:
_ Sim, Mestre!
_ Eu ouço e obedeço, Mestre!
Um dia, Xang resolveu fazer uma viagem com três dos seus fiéis alunos. Instalaram-se numa carroça puxada por dois burrinhos e lá se foram :nhec, nhec. Xang, já velhinho,logo sentiu sono. Tirou as sandálias e pediu aos jovens:
_ Por favor, me deixem dormir! Fiquem bem quietos!
Dali a pouco roncava. Na primeira curva do caminho, as sandálias dele rolaram pela estrada. Os discípulos nem se mexeram. Quando o mestre acordou, logo as procurou.
_ Rolaram pela estrada - disseram.
_ E vocês não pararam a carroça? Não fizeram nada?
_ Fizemos, sim, senhor. Obedecemos: ficamos bem quietos.
_ Aí, está bem - conformou-se o Mestre. Mas se eu cochilar de novo, prestem bem atenção se alguma coisa cair da carroça, ouviram?
_ Ouvimos e obedecemos!
Xang cobriu os pés com uma coberta e adormeceu. Entretanto, no balançar da carroça, a coberta deslizou e lá se foi. O Mestre acordou com frio. Mas cadê a coberta? Será quê...
_ Escorregou pela estrada - confirmaram os três.
_ E o que vocês fizeram?
_ Fizemos só o que o Mestre mandou. Prestamos atenção.
_ Não" - esbravejou Xang. Vocês tinham que pegar a coberta de volta! Atenção: se eu dormir e alguma coisa cair da carroça, peçam para parar e PONHAM- O -QUE- CAIU - DE - VOLTA - NA - CARROÇA, entendido?
_ PERFEITAMENTE!
E a viagem continuou: nhec, nhec. O Mestre foi cabeceando e cochilou. Dali a pouco, os jumentos sentiram necessidade de fazer... suas necessidades. Ploft, ploft, ploft, caíram os cocozinhos pelo caminho.
Os discípulos mandaram parar a carroça e, com muito cuidado, foram pondo os fedidos pelotinhos para dentro.
Aquela agitação fez Xang acordar. Nossa que cheirinho!
_ Esperem! O que vocês estão fazendo?
_ Apenas obedecendo! - juraram os três. - Pondo de volta o que caiu da carroça.
_ Não! Mas isso, não!
Aí com aqueles cabeças duras, só muita paciência:
- E bem, vamos começar de novo. Vou fazer uma lista de tudo que o que há na carroça. Se algo cair, verifiquem se está nela. Se não estiver, não peguem de volta, certo?
_ Somos pura obediência, ó, Mestre!
Xang escreveu a lista . Que canseira! Mas agora podia dormir tranquilo... e a carroça subiu uma estradinha íngreme. Numa curva mais fechada, Ops, quem é que caiu dessa vez? O Mestre! Ele escorregou e se foi ribanceira abaixo.
_ Socorro! Socorro! - gritou - venham me pegar!
Graças aos céus ele conseguiu se agarrar numa raiz do barranco.
_ Ei, o que estão esperando? Me ajudem! - chamou.
Mas os discípulos, imperturbáveis, consultavam a lista.
_ Seu nome não está escrito aqui - explicaram. _ Não podemos pegá-lo, ó, Mestre!
Não teve jeito: Xang, com muito esforço, subiu o barranco e voltou para a carroça. Mas não dormiu mais...
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Rosane Pamplona, autora deste conto é contadora de histórias e professora de Língua Portuguesa.
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Queridos, tenham um lindo final de semana, muita paz a todos vocês.
Beijos!

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Para Refletir

Não confunda cultura com sabedoria.
A cultura vem de fora para dentro, penetra pelos olhos e ouvidos
e pode fixar-se ou não em nosso cérebro.
A sabedoria, ao contrário, nasce de dentro de nós,
e se exterioriza; surge no coração e só pode ser adquirida
por meio da meditação.
Até os analfabetos podem conquistar a sabedoria,
se souberem meditar em seus corações sobre as grandes verdades.

Assim nasceu 2010!

Assim nasceu 2010!
A exuberancia da natureza se manifesta em toda a sua plenitude. Feliz 2010

A metamorfose

A metamorfose
Flagrante da vida que surgirá em 2010. Que cor terá? Só sei que virá para tornar minha vida mais feliz quando pousar em meu jardim. Embora sua passagem seja breve valeu a pena esperar por esse momento. Cada ser tem sua missão aqui neste planeta e a dela é de embelezar e alegrar nossas vidas.

Nós, minha filha e eu

Nós, minha filha e eu
É maravilhoso estar perto de quem se ama!

Os mais belos versos de amor que nenhum homem escreveu. Somente feitos por Deus.

Os mais belos versos de amor que nenhum homem escreveu. Somente feitos por Deus.
Está na beleza da flor a essência do que não se vê, mas apenas se sabe que existe, o inegável , o verdadeiro mistério da criaçãol.

Pra não dizer que não falei de pássaros...

Pra não dizer que não falei de pássaros...
No beiral de minha sacada um estranho fez seu ninho. Nos dias de frio ficamos nos observando: cada um na sua. Há espaço para todos, sempre cabe mais um. E ali ficamos respeitando nossos limites a nos observar mutuamente. Já me acostumei com sua presença. Seja bem-vindo, a casa é sua...

Último luar de 2009

Último luar de 2009
A natureza é sabia!